A República Popular Democrática da Coréia apresenta um destino muito incerto na visão dos analistas de política internacional. O país mais isolado do mundo não apresenta mais sinais de melhora em suas relações exteriores. É até irônico falar em diplomacia numa nação que da as costas ao mundo. As expectativas de uma Coréia do Norte mais sólida e progressiva está longe da realidade. O futuro de mais de 23 milhões de norte coreanos é vulnerável e depende unicamente a uma pessoa: Kim Jong-Il.
O país se sustenta graças ao programa de alimentação das Nações Unidas e do apoio moral, político e financeiro de Pequim. A China é o único e o último grande aliado do regime comunista norte coreano. Outro aspecto que tenta sustentar a economia é o forte vínculo com o mercado negro. Este por sua vez ganha milhões de Dólares tentando transportar plutônio e outros materiais radioativos para alimentar o programa nuclear deste país. A Coréia do Norte vai até o fim com seu projeto nuclear e não poupará esforços até que Pyongyang tenha a sua própria bomba.
Este é considerado o aspecto mais nocivo para todo o extremo oriente da Ásia. Com um armamento nuclear em mãos Kim Jong-Il utilizara de todas as maneiras para defender a continuidade da dinastia Kim. A Coréia do Norte vem se preparando para um cenário de guerra colossal desde o ano de 1953 quando foi feito um acordo de cessar fogo com sua vizinha Coréia do Sul. Temos que ficar atento que acordo de cessar fogo não é tratado definitivo de paz como um armistício. Por esta razão, tecnicamente falando a Coréia do Norte viveu seus últimos 60 anos em um estado de alerta contínuo.
Isso assusta a todos, pois sabemos que a Coréia do Norte é um dos países mais preparados para entrar num conflito bélico de proporções biblícas. Observando o histórico do país e tendo o conhecimento do seu aparato bélico, podemos dizer que a guerra pode ser o desfecho desta nação. A guerra é uma das possibilidades de desfecho visto por muitos. O derradeiro norte coreano inserido num cenário de guerra sem tregua é uma imagem apocalíptica. Coréia do Norte é um quartel general literalmente. Se este país entrar em conflito mais de 23 milhões de pessoas pegarão em armas para defender a disnatia Kim. Isto acontece devido a lavagem cerebral de idolatria sem fim que o regime pôs no seu próprio povo. Nesta nação cada pessoa ou cidadão tem um parente inserido no exército do povo ou nas forças armadas norte coreanas.
O exército popular da Coréia já é considerado o 4° maior exército do planeta e tem um contigente de reserva que toma quase a população inteira. O que mais nos deixa intrigados é que a população civil norte coreana é uma parcela mínima, e com isso a destruição de uma nação destas entrando em guerra será comparado apenas com a Alemanha nazista no final da segunda grande guerra. Todos e todas vão para o front de defesa. Caso Pyongyang tenha armamento nuclear a proliferação da radiação de uma bomba pode atingir vários países da região facilmente.Começando pela Coréia do Sul atingindo o Japão, China, Taiwan, Rússia, Filipinas e entre outros que não tem nada haver com o conflito.
Uma outra hipótese de derradeiro mais isolada e totalmente desumana é esquecer e abandonar a população norte coreana à própria sorte. Não significa riscar ou aniquilar a Coréia do Norte do mapa com mísseis mas é simplesmente deixar a população morrer aos poucos. Parar definitivamente com o auxílio de ONG's internacionais que atuam no país, como por exemplo os Médicos Sem Fronteiras. Interromper o programa de alimentação da ONU e isolar mais ainda para que eles vão ceifando aos poucos. Proibir o envio de remédios, equipamentos, médicos e tudo mais. Isto é algo totalmente desumano que vai contra os princípios básicos da vida de ser humano. O país já possui um dos mais alarmantes índices de subnutrição crônica do mundo, caso isto ocorra a crise de fome será pior que na Somália nas décadas de 1980 e 1990.
Por estas razões as negociações e a diplomacia talvez seja o único caminho eficaz deste problema. Este assunto será por muitas vezes comentado nos telejornais e na imprensa internacional. Negociar e tentar a diplomacia pode ainda ser a solução por mais que demore.
A política do Pão e Circo continua na Coréia do Norte. As autoridades norte coreanas fazem constantemente desfiles para demonstrar seus aparatos de defesa enquanto seu povo no interior do país morre de fome.
Gaston Poupard
Gaston Poupard
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