Classificado como Estado falido a Somália enfrenta um verdadeiro caos na terra. Palco de duas décadas de guerra civil e atingida pela pior seca dos últimos 60 anos o país africano encontra-se nos restos de um Estado condenado ao desastre.
A Somália está localizada na região do Chifre da África, a parte mais oriental de todo o continente africano. Nesta região do planeta as chuvas são escassas e a terra é muito árida sem falar que os conflitos são contínuos. No Chifre da África encontram-se cinco países: A República de Djibouti, República da Etiópia, Eritréia, Quénia e a Somália. Todos eles foram atingidos pela seca da década de 1980 e por conflitos tribais devido as demarcações de terra. Um exempo foi a independência de Eritréia, antiga região que pertencia a Etiópia. De todos eles o único que não possui um governo reconhecido por sua própria população é a Somália. Alguns países próximos como o Quénia, amenizaram os efeitos do subdesenvolvimento e das crises humanitárias. Atualmente o Quénia é modelo de estabilidade política da região, enquanto outros pioraram com o passar das décadas.
A Somália desde o fim dos conflitos contra a vizinha Etiópia (Guerra de Ogaden) não consegue obter estabilidade dentro do território complicando ainda mais a situação que já era delicada. O país não possui a estrutura mínima para se reerguer e a maioria de sua população tenta se abrigar em campos de refugiados nos países vizinhos. As cidades interioranas da Somália praticamente não existem mais, e para piorar a situação grandes regiões ao sul estão sob controle de grupos extermistas islâmicos que desejam em impor um governo islâmico sob todo o território somali . Conhecido como Al Shabab, palavre árabe que significa "juventude" , são insurgentes islâmicos oriundos de anos de combates para a tomada do poder em todo o país. Este grupo adota a ideologia ortodoxa do islamismo mais antigo e tem vínculos com a rede de terroristas da Al Quaeda.
O país desértico perdeu o contato com o restante do mundo e sua população foi lançada à própria sorte quando o seu último governo foi derrubado pelos insurgentes de diferentes clãs. Por ser um país tribal a Somália acabou sendo desfragmentada no decorrer dos anos de guerra. A região ao norte tentou se desvincular do restante do país criando regiões autônomas como a de Puntland e Somalilândia. Porém nenhuma delas foram reconhecidas internacionalmente e muito menos pela populção ao sul do país.
Nos últimos anos esta região da África enfrenta uma das piores secas já registradas. A própria Somália não conhecia uma seca tão intensa desde o período de sua independência na década de 1960. A fome é quem reina sem nenhuma restrição. As informações provenintes da imprensa a respeito deste país nos últmos meses são de catástrofes humanitárias difíceis de se entender e de se aceitar em pleno século XXI. O país é praticamente esquecido pela maioria do planeta, mas é muito valorizado pelos grupos de terroristas por ser um terreno fértil para o planejamento de suas ações contra alvos ocidentais.
Link da imagem:
http://www.tucacas.info/sunfirecooking/SFCnewweb/Update.html
Quem são os culpados por tudo isso?
Uma série de fatores levaram o país a chegar no ranking número 1 da subnutrição crônica mundial. Veja a seguir alguns pontos que merecem destaque:
O país desértico perdeu o contato com o restante do mundo e sua população foi lançada à própria sorte quando o seu último governo foi derrubado pelos insurgentes de diferentes clãs. Por ser um país tribal a Somália acabou sendo desfragmentada no decorrer dos anos de guerra. A região ao norte tentou se desvincular do restante do país criando regiões autônomas como a de Puntland e Somalilândia. Porém nenhuma delas foram reconhecidas internacionalmente e muito menos pela populção ao sul do país.
Nos últimos anos esta região da África enfrenta uma das piores secas já registradas. A própria Somália não conhecia uma seca tão intensa desde o período de sua independência na década de 1960. A fome é quem reina sem nenhuma restrição. As informações provenintes da imprensa a respeito deste país nos últmos meses são de catástrofes humanitárias difíceis de se entender e de se aceitar em pleno século XXI. O país é praticamente esquecido pela maioria do planeta, mas é muito valorizado pelos grupos de terroristas por ser um terreno fértil para o planejamento de suas ações contra alvos ocidentais.
Na Somália já não existe mais a circulação de uma moeda nacional e portanto o camelo se torrnou moeda de troca entre as tribos. O país possui um dos maiores reganhos de camelo da África. |
http://www.tucacas.info/sunfirecooking/SFCnewweb/Update.html
Quem são os culpados por tudo isso?
Uma série de fatores levaram o país a chegar no ranking número 1 da subnutrição crônica mundial. Veja a seguir alguns pontos que merecem destaque:
- Falta de reconhecimento do pedido de socorro urgente por outros países. Tanto as nações européias como as asiáticas e americana demoraram muito tempo para reagir ao apelo da população somali. A imprensa internacional também tem sua parcela de culpa ao demorar na divulgação dos fatos que muitos já tinham até conhecimento disso.
- Guerras e conflitos tribais sempre marcaram a história desta nação africana desde os tempos coloniais. A ausência de um comando político forte na região colaborou para a desfragmentação contínua do país.
- A Somália não possui um governo desde 1991 quando o regime ditatorial de Siad Barre veio a baixo entregando o país ao anarquismo. Com a queda de Mogasdício pelos insurgentes as tribos começaram a lutar entre si para o tomada do poder.
- Após a intervenção norte americana na Somália o governo americano retirou suas tropas definitivamente em 1993 lançado o país à própria sorte. De todos os países que invadiram a Somália nenhum deixou um apoio mínimo para a reconstrução do país. Com pouquíssimo apoio militar de outras nações durante os anos mais decisivos de guerra, a Somália toda já estava nas mãos dos chamados Senhores da Guerra.
- O avanço do fundamentalismo islâmico no Chifre da África piora a situação com suas restritas condutas islâmicas que impede que a ajuda humanitária chegue aos lugares mais remotos. O grupo de extremistas islâmicos conhecido como Al Shabab domina grandes partes das regiões ao sul da Somália. Seu objetivo é desestalibilizar o governo de transição de Mogadíscio e impor o rígido código de preceitos islâmicos (Sharia) em todo o território somali. A Al Shabab é considerado um dos maiores responsáveis pela catástrofe por apresentar a mesma ideologia que a Al Quaeda.
- Os contínuos desentendimentos entre a população somali e os soldados da força de paz etíopes. Desde o fim das atrocidades da Guerra de Ogaden na década de 1970 que envolveu os dois países , ambos ainda não tiveram uma reconciliação plena. A Etiópia tenta auxiliar na restauração da ordem no país, principalmente na capital Moagadíscio, porém muitas das suas ordens não são obedecidas pela população local alegando abuso de poder.
- A ONU não deu conta do recado.Os órgãos de assistência humanitária receberam uma ajuda desproporcional ao tamanho da tragédia. As Nações Unidas já haviam alertado para uma possível crise humanitária na Somália em outubro de 2007, porém poucos ouviram o apelo.
- O aspecto que talvez seja o mais notório do país são as recentes ações da pirataria em sua costa. Os ataques contra os navios cargueiros e petroleiros chamaram a atenção da Comunidade Internacional observando que a violência chegou até nos mares. A Somália possui um posicionamento estratégico para as rotas marítimas devido a passagem para o Mar Vermelho cruzando o Oceano Índico e o Mar Mediterrâneo . Em 2008 foram atacados mais de 75 barcos segundo o portal G1. Por estes motivos já não é mais seguro enviar os mantimentos por via marítima, fechando o cerco para aqueles atingidos pela fome no país.
Numa nação sem ordem a violência ultrapassa as terras firmes. |
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Para maiores detalhes a respeito da pirataria a reportagem a seguir fica como sugestão:
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